terça-feira, 20 de agosto de 2013

SÍNDROME DO BEBÊ SACUDIDO


* Por Jorge Roberto Fragoso Lins

A síndrome do bebê sacudido ocorre geralmente em crianças com menos de 2 anos de idade e, sobretudo, com bebês, que invariavelmente resulta em trauma grave e irreversível para a criança. A criança poderá apresentar um universo de sintomas que variam de uma letargia, tremores ou vômitos chegando à convulsão, estupor ou coma que por sua vez poderá levar a incapacidade de sugar ou engolir, emitir sons ou acompanhar um objeto com os olhos.

A síndrome acontece por causa da forte sacudidela que o bebê sofre da mãe ou de sua cuidadora. Muitas mães, cuidadoras e os pais perdem a paciência com bebês que choram muito ficando visivelmente irritados. Na tentativa de acalmar seus filhos eles, então, sacodem violentamente os bebês não se dando conta da condição de fragilidade e vulnerabilidade em que a criança nesse período se encontra. Por não existir sinais visíveis de lesões, geralmente o pai ou a mãe ou cuidadora negam qualquer tipo de comportamento de exacerbação para com a criança.

Somente com um exame mais minucioso é que existe a possibilidade de serem reveladas as escoriações sofridas pelo bebê.

Os bebês que conseguem sobreviver poderão sofrer de uma série de deficiências, de transtornos da aprendizagem e de comportamento a lesões neurológicas, paralisia cerebral, paralisia ou cegueira, retardo mental, ou mesmo ficar para o resto da vida num estado vegetativo.

Não apenas a sacudidela por estar irritado, mas também certas brincadeiras de jogar a criança para o alto ou outras inapropriadas poderão também provocar as mesmas lesões e comprometimentos na criança.

É preciso saber que os bebês e as crianças de forma geral estão em pleno processo de desenvolvimento, e os bebês, como são extremamente frágeis, requer da mãe, ou do pai ou da cuidadora muita paciência, atenção e carinho.

Os pais e de maneira geral os adultos devem compreender que o choro do bebê é o único canal de comunicação que ele possui para chamar a atenção de sua mãe ou de seu cuidador, de que ele está sentindo algum mal-estar e que requer rapidamente uma ação da mãe para saná-lo. Portanto, a melhor coisa a ser feita é uma investigação para saber a causa do choro e está deverá ser conduzida com muito amor e sem desesperos. Perder a paciência ou canalizar o estresse do dia a dia ou de algum problema no bebê é um comportamento extremamente indesejável!

* Jorge Roberto Fragoso Lins é sociólogo, pós-graduado em intervenções clínicas em psicanálise e graduando do 8º período de psicologia.


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