* Por Jorge Roberto Fragoso Lins
A síndrome do bebê sacudido
ocorre geralmente em crianças com menos de 2 anos de idade e, sobretudo, com bebês,
que invariavelmente resulta em trauma grave e irreversível para a criança. A
criança poderá apresentar um universo de sintomas que variam de uma letargia,
tremores ou vômitos chegando à convulsão, estupor ou coma que por sua vez
poderá levar a incapacidade de sugar ou engolir, emitir sons ou acompanhar um
objeto com os olhos.
A síndrome acontece por
causa da forte sacudidela que o bebê sofre da mãe ou de sua cuidadora. Muitas
mães, cuidadoras e os pais perdem a paciência com bebês que choram muito ficando
visivelmente irritados. Na tentativa de acalmar seus filhos eles, então,
sacodem violentamente os bebês não se dando conta da condição de fragilidade e
vulnerabilidade em que a criança nesse período se encontra. Por não existir
sinais visíveis de lesões, geralmente o pai ou a mãe ou cuidadora negam qualquer
tipo de comportamento de exacerbação para com a criança.
Somente com um exame mais
minucioso é que existe a possibilidade de serem reveladas as escoriações sofridas
pelo bebê.
Os bebês que conseguem
sobreviver poderão sofrer de uma série de deficiências, de transtornos da
aprendizagem e de comportamento a lesões neurológicas, paralisia cerebral, paralisia
ou cegueira, retardo mental, ou mesmo ficar para o resto da vida num estado
vegetativo.
Não apenas a sacudidela por
estar irritado, mas também certas brincadeiras de jogar a criança para o alto
ou outras inapropriadas poderão também provocar as mesmas lesões e
comprometimentos na criança.
É preciso saber que os bebês
e as crianças de forma geral estão em pleno processo de desenvolvimento, e os
bebês, como são extremamente frágeis, requer da mãe, ou do pai ou da cuidadora muita
paciência, atenção e carinho.
Os pais e de maneira geral
os adultos devem compreender que o choro do bebê é o único canal de comunicação
que ele possui para chamar a atenção de sua mãe ou de seu cuidador, de que ele
está sentindo algum mal-estar e que requer rapidamente uma ação da mãe para saná-lo.
Portanto, a melhor coisa a ser feita é uma investigação para saber a causa do
choro e está deverá ser conduzida com muito amor e sem desesperos. Perder a
paciência ou canalizar o estresse do dia a dia ou de algum problema no bebê é um
comportamento extremamente indesejável!
* Jorge Roberto Fragoso Lins é sociólogo, pós-graduado em
intervenções clínicas em psicanálise e graduando do 8º período de psicologia.
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